Pode ser só mais uma banda como tantas outras. A distinção é que, para quem participou nesta experiência, as expectativas sempre foram altas, rodeadas de bom humor e uma dose grande, às vezes exagerada, de energia contagiante.
A uma certa altura cada um foi para seu lado pensar na vida e no que é saber gerir as emoções em grupos de temperamentos e visões bem diferentes do real. Há sempre argumentos para rebater o real e tudo o que isso implica. O que é objectivo para ti pode ser subjectivo para mim.
Para todos os efeitos o retorno aparece, um Dom Sebastião por entre o nevoeiro, com menos elementos mas vontade de tocar, agradar e encher um vazio que permanece sempre em quem já tocou ao vivo e criou música. Encher o nosso ego de coisas boas é nosso propósito. Se te agradarem os sons que vamos emitindo vamos sentir o nosso ego ainda mais cheio e vamos dar oportunidade a ti de passares uns bons momentos. Parece-me um bom negócio.
Sem preconceitos digo que não existe análise ou crítica musical que possa definir o nosso som. É fácil definir e julgar... mas quando eu estou em cima de um palco a tocar a música que me dá prazer estou perfeitamente a borrifar-me para o que tu pensas... sem falta de respeito... é o meu momento, estou ali a curtir milhões e tu se quiseres ficas, ouves ou vais-te embora. É mesmo assim... sem ilusões ou falsos propósitos sociais a ver com a imagem. Felizmente os Lua Cadillac sempre pautaram por essa frontalidade e as vedetas acabam por ser o nosso público... quer gostem ou não...
Estamos de volta e vamos tentar dar-te alguns momentos bons sempre que estiveres presente.
Miguel (baixo)